Fez da boca as mãos. Tocaram no corpo todo, um rasto de saliva desenhando caminhos até ao abismo, a vontade do suicidio, premente, urgente caír e despedaçar-se nos lábios que eram também olhos, olhares cerrados, cantigas de cor nos gemidos baixos ou nos sussurros incompreensíveis do desejar. A boca é um sexo. Sem pudor porque se descobre natural quando alimenta outras bocas, outros beijos que explodem no clímax da troca.
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